width=1100' name='viewport'/> Jurídico Laboral: DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO
Lucas 12:2 - "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido."

sexta-feira, 8 de março de 2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO



DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO


Nesta data em que é comemorado o DIA INTERNACIONAL da MULHER – 08 DE MARÇO trazemos o conjunto dos 12 DIREITOS FUNDAMENTAIS DA MULHER assim reconhecido pela ONU - ORGANIZAÇÃO das NAÇÕES UNIDAS, a saber:

1: DIREITO À VIDA.
2:  DIREITO à LIBERDADE e a SEGURANÇA PESSOAL.
3: DIREITO à IGUALDADE e a ESTAR LIVRE de TODAS as FORMAS de DISCIMINAÇÃO.
4: DIREITO à LIBERDADE de PENSAMENTO.
5: DIREITO à INFORMAÇÃO e a EDUCAÇÃO.
6: DIREITO à PRIVACIDADE.
7: DIREITO à SAÚDE e à PROTEÇÃO DESTA.
8: DIREITO a CONSTRUIR RELACIONAMENTO CONJUGAL e a PLANEJAR sua FAMÍLIA.
9: DIREITO à DECIDIR TER OU NÃO TER FILHOS e QUANDO TÊ-LOS.
10: DIREITO aos BENEFÍCIOS do PROGRESSO CIENTÍFICO.
11: DIREITO à LIBERDADE de REUNIÃO e PARTICIPAÇÃO POLÍTICA.
12: DIREITO a NÃO SER SUBMETIDA a TORTURAS e MALTRATOS.
VIVA à MULHER!   VIVA 08 de MARÇO, seu DIA INTERNACIONAL!

Para refletir:

“A casa e a fazenda são a herança dos pais; mas do Senhor vem a mulher prudente”.
  (Bíblia Sagrada – Provérbios: 19 - 14).

HOMENAGEM: Em reverencia a mulher, nesta data, trazemos um breve relato histórico sobre a vida de OLGA BENÁRIO PRESTES, como um exemplo de lutas para todas as mulheres de hoje.

 OLGA BENÁRIO PRESTES nasceu em Munique (Alemanha) no dia 12 de fevereiro de 1908. Aos quinze anos de idade, sensibilizada pelos graves problemas sociais presentes na Alemanha dos anos de 1920, OLGA viria a aproximar-se da Juventude Comunista, organização política em que passaria a militar ativamente.

No final de 1934, OLGA recebe a tarefa da Internacional Comunista de acompanhar Luiz Carlos prestes em sua viagem de volta ao Brasil, zelando pela sua segurança, uma vez que o Governo Vargas decretara sua prisão. Prestes e OLGA partiram de Moscou no final do ano de 1934, viajando com passaportes falsos, como marido e mulher, apesar de estarem se conhecendo naqueles dias, durante a longa e acidentada viagem rumo ao Brasil, os dois se apaixonam, tornando-se efetivamente marido e mulher.

Em março de 1935, Prestes é aclamado, no Rio de Janeiro, Presidente de Honra da Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente única, cujo programa visava lutar contra o imperialismo, o latifúndio e a ameaça fascista, que pairava sobre o mundo e também sobre o Brasil. Prestes e OLGA chegam ao chegam ao Brasil em abril desse ano, passando a viver clandestinamente na cidade do Rio de Janeiro. Prestes, o “Cavaleiro da Esperança” torna-se a principal liderança do movimento antifascista no Brasil e, assessorado o tempo todo por OLGA, Prestes participa da preparação da insurreição armada contra o governo Vargas, a qual deveria estabelecer no país um governo Popular Nacional Revolucionário, representativo das forças sociais e políticas agrupadas na ANL.

Com o insucesso dos levantes de novembro de 1935, desencadeia-se violenta repressão policial sob comando do famigerado capitão Filinto Muller – então chefe de polícia do Governo Vargas e a ordem expedida aos agentes policiais - era clara – a liquidação física de Prestes.
No momento da prisão, entretanto, OLGA salvou-lhe a vida, interpondo-se entre ele e os policiais, impedindo o assassinato do Líder Revolucionário. Presos, Luiz Carlos Prestes e OLGA foram violentamente separados; ele foi conduzido para o quartel da Polícia Especial e OLGA foi levada para a Casa de Detenção, onde ficou detida juntamente com às demais companheiras que haviam participado do movimento da ANL. Prestes e OLGA nunca mais se viram.

EXTRADIÇÃO

Em setembro de 1936, OLGA, grávida de sete meses, foi extraditada para a Alemanha Nazista, pelo Governo de Getúlio Vargas. Juntamente com OLGA foi deportada a ativista ELISE EWERT, outra comunista e internacionalista alemão que havia participado da luta antifascista no Brasil; foram embarcadas à força, na calada da noite, no navio cargueiro alemão “LA CORUÑA” e viajaram ilegalmente sem acusação formal ou culpa formada; sem julgamento; sem nenhum direito de defesa (pois neste ponto é oportuno lembrar que é assim que funciona uma ditadura).

O comandante do navio recebeu ordens expressas do consulado alemão no Brasil para dirigir-se direto a Hamburgo, sem parar em nenhum outro porto estrangeiro, pois havia precedentes da ação de portuários franceses e espanhóis resgatarem prisioneiros deportados com destino à Alemanha, quando os navios aportavam na Espanha ou na França. Após longa e pesada travessia, as prisioneiras foram conduzidas incomunicáveis para a prisão de mulheres de BARNIMSTRASSE, em Berlim, onde OLGA deu à luz sua filha ANITA LEOCADIA, em novembro de 1936, entregue à avó paterna LEOCADIA PRESTES, após pressão internacional exercida sobre a polícia política da Alemanha (Gestapo), exercida por delegações estrangeiras.

ASSASSINADA NUMA CÂMARA DE GÁS

A Campanha Internacional, que se estendeu por vários continentes, não conseguiu, contudo, a libertação de OLGA. Logo depois ela foi transferida para a prisão de LICHTENBURG, distante cem quilômetros ao sul de Berlim. Um ano mais tarde, OLGA foi transferida, confinada no campo de concentração de RAVENSBRUCK, onde juntamente com milhares de outras prisioneiras foi submetida a trabalhos forçados para a indústria de guerra da Alemanha Nazista. A situação de OLGA será particularmente penosa, pois carregava consigo duas pechas consideradas fatais para os nazistas – a de ser comunista e a de ser judia. Em abril de 1942, OLGA foi transferida, numa leva de prisioneiras marcadas para morrer, para o campo de concentração de BERNBURG, onde foi assassinada numa câmara de gás.

O EXEMPLO:

OLGA, segundo o depoimento de todos que a conheceram e conviveram com ela, nunca vacilou diante das grandes provações que teve que enfrentar. Até o último dia de sua existência manteve-se firme diante do inimigo, e solidária com as companheiras. Ao despedir-se do marido e da filha, antes de ser levada para a morte OLGA escreveu:

“LUTEI PELO JUSTO, PELO BOM E PELO MELHOR DO MUNDO”.
“ATÉ O ÚLTIMO MOMENTO MANTERME-EI FIRME E COM VONTADE DE VIVER”.

A vida e a luta de uma revolucionária como OLGA, comunista e internacionalista, não foi em vão; seu heroísmo serve de exemplo e de inspiração para os jovens de hoje e, serve de exemplo para todas as mulheres, especialmente para aquelas mulheres que anseiam pela construção de uma sociedade que seja justa, humana, fraterna e solidária, para todos os brasileiros.

Texto Extraído, em parte, da Publicação BRASIL DE FATO – Uma visão popular sobre o Brasil e o Mundo - do artigo publicado originalmente na edição sob nº 414, de autoria da Profa. ANITA LEOCADIA PRESTES (FILHA de OLGA e PRESTES). Professora do Programa de Pós Graduação em História Comparada da UFRJ e Presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes.

Atenção: Leia neste BLOG a postagem sob título:
 DIA INTERNACIONAL DA MULHER
  Contém a história da luta da mulher pela dignidade no trabalho.

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